Anda para aí uma espécie de anúncios em que as pessoas são filmadas em movimento rotativo da câmera, como um do Dr. House que mostra a equipa dele (http://www.youtube.com/watch?v=KYs6lmJruAw) e um da SIC Notícias, com a Ana Lourenço, o Pedro Mourinho e o Mário Crespo. Ouve-se uma "voz-off" a explicar quem são as pessoas, e tal, enquanto a imagem roda.
Qual será a finalidade deste tipo de anúncios? Dar credibilidade às pessoas/personagens visadas? Bem, não é expectável que um grupo de pessoas se reúna e forme um círculo enquanto alguém os descreve.
No caso do Dr. House, e fazendo de conta que a série não era uma série mas sim extractos da vida real, como seriam os momentos após a filmagem do anúncio? "Fixe, 'tá feito. Agora já podemos agir como pessoas normais.", "Esta escuridão já me estava a assustar.", "Aquele gajo sabe mais sobre mim do que eu próprio.", e por aí em diante.
No caso da SIC Notícias: mas eles são jornalistas ou super-heróis? Concentrem-se em dar as notícias, que nós depois logo vemos se eles são simpáticos ou não!
Prestem especial atenção à descrição que é feita à primeira personagem do anúncio do Dr. House (sff, claro).
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Contenção verbal
Normalmente, os jornais publicam cartas de reclamação que lhes são endereçadas. Estas cartas são enviadas por personalidades ou entidades que foram referidas pelo jornal em foco e que se sentiram ofendidos com qualquer notícia, alegadamente falsa ou não totalmente verdadeira, publicada pelo jornal. Então, lá vai a cartinha a apontar os erros nas informações veiculadas pelo jornal.
O que é que há de especial nisto? É que as referidas cartas são, normalmente, redigidas com um registo de língua cuidado, com inclusão de "V.Exas", e coisas dessas. Este registo de língua reflecte-se ainda melhor nas respostas que os jornais dão a esse tipo de cartas. Este é um cuidado recheado de falsidade, diga-se. Isto porque tanto o leitor quanto o jornal prefeririam expressar-se da forma mais crua possível, ou seja, com a inclusão de asneiras e de insultos.
Mas acham que quando se escrevem essas cartas e respostas às mesmas quem as escreve está a fazê-lo pensando "O magnânime senhor deve ter-se equivocado. Coitado. Deixa cá esclarecer as coisas."? É claro que não! Enquanto se escrevem os "V.Exas", desfilam pela mente do autor todo o tipo de insultos e palavras menos graciosas do léxico português. Essas cartas e respostas às mesmas nunca espelham o espírito com que foram escritas.
Por isso, pessoal, expressem-se à vontade! Se escreverem palavrões, muito bem! É da maneira que as pessoas compram mais jornais, porque querem é disso!
O que é que há de especial nisto? É que as referidas cartas são, normalmente, redigidas com um registo de língua cuidado, com inclusão de "V.Exas", e coisas dessas. Este registo de língua reflecte-se ainda melhor nas respostas que os jornais dão a esse tipo de cartas. Este é um cuidado recheado de falsidade, diga-se. Isto porque tanto o leitor quanto o jornal prefeririam expressar-se da forma mais crua possível, ou seja, com a inclusão de asneiras e de insultos.
Mas acham que quando se escrevem essas cartas e respostas às mesmas quem as escreve está a fazê-lo pensando "O magnânime senhor deve ter-se equivocado. Coitado. Deixa cá esclarecer as coisas."? É claro que não! Enquanto se escrevem os "V.Exas", desfilam pela mente do autor todo o tipo de insultos e palavras menos graciosas do léxico português. Essas cartas e respostas às mesmas nunca espelham o espírito com que foram escritas.
Por isso, pessoal, expressem-se à vontade! Se escreverem palavrões, muito bem! É da maneira que as pessoas compram mais jornais, porque querem é disso!
domingo, 13 de janeiro de 2008
Famosos e publicidade
Há muito tempo que as empresas recorrem aos famosos para publicitarem os seus produtos. O seu objectivo com essa estratégia é, obviamente, conferir credibilidade ao produto publicitado, ao colocarem um famoso a dizer muito bem do mesmo, sempre com um sorriso nos lábios. E, se a Sílvia Rizzo sorri ao elogiar os frescos, então é porque estes são mesmo do mais fino trato! Será? Não obrigatoriamente.Mas será que ainda há alguém que se deixe levar por esse tipo de anúncios? Ainda há alguém que acredite que a mochila x é fantástica só porque um famoso diz que a usa? Aliás, o uso de famosos nos anúncios deve fazer-nos desconfiar do bem elogiado. Se a empresa se deu ao trabalho de contratar alguém que se encontra nas boas graças do povo, é porque o produto a isso o obriga. Se não, vejamos o caso da Coca-Cola. Todos sabemos que a Coca-Cola é boa. É uma bebida famosa a nível mundial. Quem é que os gajos da Coca-Cola vão buscar para a publicitar? Um actor de Hollywood? Um piloto de fórmula 1? O Joe Berardo? Não! Eles vão buscar o Pai Natal! Sim, esse senhor que nem sequer existe! Eles querem que uma pessoa beba uma cena que, no anúncio, é consumida por um homem que nem sequer existe! Isto é abusar da fama! É uma amostra de como o pessoal da Coca-Cola não precisa de fazer muito alarido para lucrar! Basta fazerem um anúnciozeco para as pessoas não se esquecerem que aquilo existe!
Mas pronto, é um meio de publicidade clássico, e dificilmente será abandonado. Para os agraciados pela fama é interessante, pois sempre ganham mais dois ou três euritos, essenciais para a obtenção de uma tão desejada nova mansão.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Atrofios I
Há muitas coisas que atrofiam uma pessoa de uma forma, vá lá, atrofiante.
Certamente que já vos aconteceu terem qualquer coisa que normalmente não usam mas que está sempre lá por casa, a ganhar pó, e tal, e, no dia em que precisam dela, desconhecem-lhe o paradeiro. Esta é uma situação deveras irritante. Parece que as coisas têm propensão para desaparecerem precisamente na altura em que são precisas.
E então lá vamos nós à procura da tal cena desejada, que nunca está nos locais lógicos. Buscamos por todo o lado, até à exaustão.
Há dois desfechos possíveis para isto: ou encontramos a cena que procuramos num sítio em que não fazia sentido nenhum estar, ou só a encontramos quando já não a queremos.
Se os objectos não fossem inanimados, diria que há traquinice nessas situações.
Certamente que já vos aconteceu terem qualquer coisa que normalmente não usam mas que está sempre lá por casa, a ganhar pó, e tal, e, no dia em que precisam dela, desconhecem-lhe o paradeiro. Esta é uma situação deveras irritante. Parece que as coisas têm propensão para desaparecerem precisamente na altura em que são precisas.
E então lá vamos nós à procura da tal cena desejada, que nunca está nos locais lógicos. Buscamos por todo o lado, até à exaustão.
Há dois desfechos possíveis para isto: ou encontramos a cena que procuramos num sítio em que não fazia sentido nenhum estar, ou só a encontramos quando já não a queremos.
Se os objectos não fossem inanimados, diria que há traquinice nessas situações.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
A arte das casas-de-banho
Um blog de merda como este exige temas de merda e, por isso, é natural que surja um post que trata de uma das temáticas mais interessantes e, simultaneamente, menos debatidas do mundo, e que se relaciona, precisamente, com merda: a arte das casas-de-banho.
A arte das casas-de-banho é uma arte incompreendida pelas pessoas. Quando falo de arte das casas-de-banho, refiro-me às fantásticas dedicatórias amorosas, à expressão de preferências clubísticas ou, simplesmente, à ostentação de tudo o que a língua portuguesa tem para oferecer em termos de palavras menos graciosas que ilustram com uma beleza ímpar as casas-de-banho
públicas do nosso país. Incluo neste lote, como é óbvio, as casas-de-banho de cafés, escolas e afins.
Esta é uma arte fantástica porque, geralmente, é praticada após o alívio de necessidades fisiológicas que apoquentavam o futuro artista. Parece que, após fazerem o que tinham para fazer, estas pessoas obtêm faculdades que lhes permitem soltar tiradas de génio como "Amo-te Felisberta", "Seixal United" ou "Fuck the system". Estas palavras ficam registadas para toda a eternidade nas paredes e na porta da casa-de-banho, tornando-se um verdadeiro objecto de estudo e de admiração por parte das gerações vindouras.
Muitos poderão dizer que se trata de uma arte menor. Eu digo que é o máximo que se pode fazer num sítio de alívio de necessidades fisiológicas e que constitui um templo de reflexão oficioso.
Por fim, resta-me dizer que dificilmente postarei algo mais desinteressante do que isto.
A arte das casas-de-banho é uma arte incompreendida pelas pessoas. Quando falo de arte das casas-de-banho, refiro-me às fantásticas dedicatórias amorosas, à expressão de preferências clubísticas ou, simplesmente, à ostentação de tudo o que a língua portuguesa tem para oferecer em termos de palavras menos graciosas que ilustram com uma beleza ímpar as casas-de-banho
públicas do nosso país. Incluo neste lote, como é óbvio, as casas-de-banho de cafés, escolas e afins.Esta é uma arte fantástica porque, geralmente, é praticada após o alívio de necessidades fisiológicas que apoquentavam o futuro artista. Parece que, após fazerem o que tinham para fazer, estas pessoas obtêm faculdades que lhes permitem soltar tiradas de génio como "Amo-te Felisberta", "Seixal United" ou "Fuck the system". Estas palavras ficam registadas para toda a eternidade nas paredes e na porta da casa-de-banho, tornando-se um verdadeiro objecto de estudo e de admiração por parte das gerações vindouras.
Muitos poderão dizer que se trata de uma arte menor. Eu digo que é o máximo que se pode fazer num sítio de alívio de necessidades fisiológicas e que constitui um templo de reflexão oficioso.
Por fim, resta-me dizer que dificilmente postarei algo mais desinteressante do que isto.
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