domingo, 22 de julho de 2007

A hipocrisia dos eventos ambientais

Recentemente, ocorreu mais um evento com o objectivo de sensibilizar a população mundial relativamente à questão ambiental. Esse evento, como sabem, foi o Live Earth. O objectivo do mesmo foi o de utilizar a música como meio da referida sensibilização. Até aqui tudo bem, e estou completamente de acordo. No entanto, temos de ver o outro lado. O lado hipócrita, desnecessário.
Matt Helders, baterista dos Arctic Monkeys, afirmou que seria hipócrita da parte da sua banda se esta participasse no Live Earth, afirmando que "estamos a usar energia suficiente para fornecer dez casas, apenas para iluminação", numa referência aos gastos energéticos de um evento que visa a consciencialização global no que diz respeito ao estado ambiental do planeta. Nick O'Malley, baixista da banda, reforçou a ideia do seu colega, afirmando que estão sempre a viajar de avião. A posição tomada por esta banda dá que pensar. Não terão eles razão? Parece-me que sim.
Entendo a nobre causa do Live Earth e de outros eventos de consciencialização relativamente aos problemas ambientais, mas questiono-me quanto aos meios utilizados para alcançar o fim desejado. Para poupar energia temos de a gastar em grandes quantidades? Por favor, muitas são já as campanhas ambientais, e muito menos dispendiosas: anúncios de TV, folhetos, apelos de artistas musicais... Penso que a verdadeira solução deste problema está nos senhores do mundo. Enquanto cavalheiros como o presidente dos EUA, George Bush, não aceitarem reduzir a emissão de gases de efeito de estufa, o ambiente do nosso planeta, certamente, não melhorará. É pena que, neste mundo, o poder esteja concentrado nos seres humanos que apresentam as piores qualidades desta espécie: a ganância, a arrogância, o capricho, a cobiça. Aqueles que se importam com o mundo em que habitam vivem cheios de boas intenções mas sem meios para mudar o que quer que seja, pois, no fim, as suas acções são anuladas por quem apenas olha para o seu próprio umbigo.
É por isto que o mundo se encontra estagnado e prestes a cair num abismo do qual talvez nunca consiga sair.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

A morte como vida

Infelizmente, muita gente serve-se da morte para viver a sua vida.
Comecemos pelo caso mais simples: o do coveiro.
A vida do coveiro consiste em abrir as sepulturas do pessoal que bateu as botas. Tudo bem, é uma profissão como as outras. Alguém tem de fazer isto.
Agora vamos subir um pouco na hierarquia. Encontramos os agentes funerários. Estes senhores encarregam-se de todas as coisinhas que fazem o enterro de um ser humano. Outra profissão honrada e respeitável.
E que tal se subirmos ainda mais na hierarquia, para profissões, contraditoriamente, não muito respeitáveis?
Bem, aí encontramos um presidente dos EUA, George Bush, que utiliza a morte como fonte da sua vida de uma forma ligeiramente diferente da dos profissionais que acima referi. Todo-poderoso, Bush detém o poder sobre a vida e a morte. Veja-se a situação do Iraque: milhares de mortos às custas da política belicista do presidente norte-americano. Esta política de extermínio dos adversários iraquianos implica, igualmente, o sacrifício de vários cidadãos norte-americanos. No fim, o que resta são números, estatísticas. Nada de mais. "Sr. Presidente, morreram 9 000 soldados nossos na operação da noite de ontem. "Ai sim? Então que sejam 900." Impressionante como a morte pode ser reduzida em número, até arredondada, se for preciso.
Depois, há ainda aqueles que matam aos poucos, e é essa forma peculiar de matar que lhes dá rendimento. Um exemplo: o primeiro-ministro português, José Sócrates.
Sócrates faz do sofrimento do português a sua vida, com as suas políticas devastadoras da saúde física, mental e financeira do povo lusitano. Extorquindo dinheiro à população com as suas medidas rigorosas, alegadamente necessárias para uma evolução positiva (o chamado "apertar o cinto"), Sócrates vai retirando a vida ao Zé Povinho, que, por sua vez, continua a trabalhar, desmotivado e descrente em quem o governa.
Enquanto houver gente que mata para viver, o mundo não melhorará.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

O Aglomerado de Casas Decrépitas da Ribeira de Santarém



Confesso que fiquei surpreendido com o facto de o Aglomerado de Casas Decrépitas da Ribeira de Santarém não ter ficado, sequer, entre os candidatos a maravilhas de Portugal. É este tipo de situações que me deixa perplexo com o mundo em que vivo.
Como é que é possível deixar de fora de um evento como o das 7 maravilhas do mundo um conjunto de moradias que há muito passaram de validade e que contribuem para a desolação que é Santarém? Para além de uma óbvia pérola da cidade, o Aglomerado apresenta-se como um autêntico emblema do país, injustamente escondido na penumbra. Todo o atraso e miséria de Portugal simbolizados numa pequena área.
Sem destaque no seu próprio país, com certeza que este tesouro nunca poderia obter o prestígio internacional que tanto merece. Depois temos de apanhar com Corcovados que, supostamente, dão as boas-vindas a quem chega ao Rio de Janeiro. Mas e se eu não for cristão? E se eu for um terrorista muçulmano que não vai à bola com Jesus e me apetecer espetar uma bomba naquilo? Lá se vão as boas-vindas e uma tentativa de subversão às gentes do mundo.
O humilde Aglomerado de Casas Decrépitas da Ribeira de Santarém não olha a religiões. Para lá habitar, basta ser-se detentor de um grau aceitável de pobreza e recordar a juventude com saudade. Somente isto.
As principais vantagens de lá viver são a possibilidade de jogar futebol num fantástico campo pelado (o qual apresenta uma só baliza) e de saber tudo sobre a vida dos outros, tal é a proximidade entre as residências. O mais complicado é arranjar gente jovem para praticar o referido desporto e encontrar vidas interessantes, mas a vida é isto; há sempre objectivos a perseguir.
Para terminar, realizem o seguinte exercício comigo. Imaginem um centro comercial no meio daquilo. Imaginem as idosas a invadirem as lojas para comprarem meias brancas com raquetes para os seus netinhos que estão “lá para Lisboa, os petizes”. Imaginem o piso de restauração: “fast-soup”, a “Loja das Couves”, etc. Imaginem o cinema, somente com filmes dos anos 60. Tão divertido que seria este ponto de consumismo…!
Aposto que a população da Ribeira de Santarém ficaria muito feliz se soubesse da propaganda que aqui faço à sua área de residência. Dei o meu melhor.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Michael Jackson: licença para vomitar


Senti necessidade de tornar este blog um pouco mais chocante.

Consegui?

sábado, 7 de julho de 2007

O jovem Marilyn Manson







Don Juanson


"She reminds me of the one in school, when I was gutted she was dressed in white. And I couldn't take my eyes off her, but that's not what I took off that night. She'll never cover up what we did with her dress. No. She said "kiss me it'll heal, but it won't forget". "Kiss me it'll heal, but it won't forget". I don't mind you keeping me on pins and needles. If I could stick to you, and stick me too. Don't break, Don't break my heart, and I won't break your heart shaped glasses. Little girl, little girl you should close your eyes, that blue is getting me high. Don't break, Don't break my heart, and I won't break your heart shaped glasses. Little girl, little girl you should close your eyes, that blue is getting me high. Making me low. That blue is getting me high. Making me low."

O que acima está escrito é um excerto da letra da música "Heart-shaped Glasses (When the Heart Guides the Hand), do novo álbum do Marilyn Manson.
Prova de amor de Manson pela sua namorada, a actriz Evan Rachel Wood? Parece que sim.
Este namoro causa-me alguma admiração. É verdade que o amor não escolhe idades, mas késsedzer... O gajo tem 38 anos e ela 19!
O mais impressionante nem é isso. O que realmente surpreende é que existe mais uma pessoa que gosta daquele homem. Isto se a ex-mulher dele realmente o apreciava.
Marilyn Manson é, certamente, um galã. Os seus olhos cobertos de lentes de contacto coloridas, o seu rosto angelical e a sua tez algo pálida conferem-lhe um porte de elegância que o transporta, digamos, para o nível do nojo.
Aparte as suas mensagens um tanto ou quanto chocantes e reveladoras de sociopatia latente que as suas músicas apresentam, o Marilyn até tem grandes malhas.
Ele é um produto da sociedade, coitado. Quando era novo impregnaram-lhe cenas na cabeça sobre o anti-cristo, o fim do mundo e não sei quê, e o senhor formou-se de forma diferente das outras pessoas. Acontece.
Alguém conhece a sua actual parceira? Parece que ela tem o seu quinhão de fama.

(sim, eu sei que este post fala sobre celebridades, mas apeteceu-me falar disto)

Wrestling



Ora aí está um tema bastante desinteressante: wrestling.


Porque é que continuo a ver wrestling, se sei que os combates são combinados e que aquilo é tudo uma grande treta?


A verdade é que aquilo entretém. É como um filme: nós sabemos que é a fingir, mas tem piada. O wrestling é parecido. A única diferença é que aquilo deveria ser a sério, mas não é.


O wrestling é um desporto que faz de simples mortais verdadeiros super-heróis e super-vilões aos olhos de muita criançada. Apesar de se tratar de um desporto violento, os americanos levam os seus filhos para os recintos, para assistirem a mais um grande espectáculo de luta livre americana. Afinal, os seus rebentos vão apenas aplaudir os seus heróis e apupar os maus-da-fita.


Obviamente, não vejo wrestling com a percepção de um cachopo de 8 anos. Sei que aquilo é tudo a fingir e que as rivalidades entre os lutadores pertencem a "story-lines" que visam prender o espectador ao programa, de modo a se obterem consumidores fiéis. As emissões contêm momentos ridículos nos corredores dos recintos, nos quais se passam conversas entre lutadores, entre lutadores e presidente, etc. Nada disto é ensaiado, claro. Não me posso esquecer de um momento em que dois lutadores italianos falaram entre si em inglês. Se isto não é chamar "estúpido" ao espectador, então o que é?


Bem, talvez eu seja estúpido por ver aquilo, mas é uma estupidez que eu escolhi. Afinal, aquilo sempre tem golpes espectaculares, acrobacias e quedas.
Em suma: diverte.




Christina Aguilera


Não quero tornar este blog num meio de propaganda a celebridades mas, devido aos vários pedidos dos fãs do meu blog (Andreia), aqui está um post sobre a Christina Aguilera.

O que é que há para dizer sobre esta cantriz (descodifiquem a palavra)? Muito pouca coisa. Quase nada, na verdade. Pode-se dizer que é uma rapariga que acreditou no sonho da calva Britney Spears e que, portanto, resolveu enveredar pelo caminho da fama como estrela pop. Até imitou a sua rival na mudança de atitude. 1º boazinha, muito bem comportadinha, não faz mal ninguém, gosta de comprar saiazinhas às flores e lápis de cera. Depois, pensou assim: "Será que se eu me assemelhar a uma prostituta das piores vendo mais álbuns e atraio mais gajos aos meus concertos?". A petiz reflectiu e resolveu seguir essa via.

Ultimamente, não parece tão "prostituída".

Tu, que estás a ler isto, perguntas: "E o que é que isso me interessa?". Pá, não sei, a mim não me interessa nada, e eu não te pedi para visitares o meu blog.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Paris Hilton

A Paris Hilton está em liberdade, pronta a "meretrizar" as redondezas da sua casa e, talvez, mais além.
O que há de especial nesta rapariga? Absolutamente nada. Trata-se apenas da herdeira de uma enorme fortuna. Que é que tem? Isso molda a personalidade de uma pessoa? Além disso, esse facto descredibiliza as suas actividades de meretriz (porquê recorrer a esta profissão não-oficial se tem sustento para toda a sua vida?).
Fui ao Google sacar uma foto qualquer dela para colocar juntamente com este post. Escolhi a foto deste cão que, se não for o dela, também não interessa; a gaja é uma cadela.
Vá, comentem e digam mal dela, pois ela é rica e famosa.

O meu blog: nada a ver consigo



Haverá programa mais irritante na televisão portuguesa do que o "Só Visto!"? Certamente, mas é deste que me interessa falar.

A RTP1 insiste em transmitir um programa que se demarca de todos os outros da televisão portuguesa devido ao seguinte: auto-engraxa-se e engraxa o espectador. Desde o genérico à estúpida frase de ordem "Só Visto!: tudo a ver consigo", este programa revela-se um excelente produto de consumo para tudo o público "queque" e que acha muita piada à vida dos famosos.

Não digo que o programa seja mau (chego a ver nacos dele), mas apresenta características desnecessárias e deveras irritantes.

(ainda não foi desta que postei algo decente)

Portugal e o terrorismo




Este post surge extemporaneamente. Uns certos atentados recentes lixaram-me os planos, pois, assim, quem ler isto pensa que eu me inspirei nesses acontecimentos e no actual estatuto de Portugal.
Portugal é, hoje, um país na boca do mundo. Portugal tá em tudo: Euro 2004, campeonato do mundo de vela não-sei-quê, presidência da União Europeia, anfitrião da cerimónia das 7 maravilhas do mundo... Tudo e mais alguma coisa.
Ora, estes factos fazem com que Portugal, supostamente, se torne um alvo apetecível para o sempre bem-vindo terrorismo. Por isso, devemos indagar-nos: "Deverá Portugal parar de crescer, permanecer na sua pequenez e deixar todo o protagonismo para a vizinha Espanha?". A resposta poderá ser "Sim.".
Porquê "Sim."? "Sim." porque Portugal pode ser mau em muita coisa, mas tem-se salvo de uma coisa: do terrorismo. Tanto prestígio português pode trazer más consequências.

(este post não deve ser levado demasiado a sério)