Há coisas desagradáveis.
Uma delas, é verificar que há pessoas, nomeadamente idosos, que ainda usam belissímos lenços de pano para tratarem do fugidio ranho que se lhes escapa das narinas aquando de um espirro. Digo "nomeadamente idosos" porque é a eles que vejo utilizar esse tipo de lenço. E muito mal estaria o mundo se os jovens também os utilizassem. É que os velhotes ainda têm desculpa. Hábitos antigos, e tal. Agora jovens... Esperemos que não haja casos destes.
Mas isto tudo para dizer que hoje, num comboio, vi um velhote a servir-se de um desses lenços, e, no fim, a limpar a mão direita ao mesmo. Como quem diz, a limpar os resquícios de fezes nasais que se haviam refugiado nos seus dedos. É daqueles acontecimentos que dão gosto presenciar.
Vamos acreditar que os idosos lavam os seus lenços de pano.
Sim, claro que lavam.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Obrigada
Porque é que há gajos que dizem "obrigada" em vez de "obrigado"???
Serão estúpidos?
Serão homossexuais?
Serão moças?
Serão transsexuais?
Alguém me sabe explicar a lógica disto???
Serão estúpidos?
Serão homossexuais?
Serão moças?
Serão transsexuais?
Alguém me sabe explicar a lógica disto???
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Hoje ia eu muito bem na rua, passa por mim uma carrinha dos bombeiros voluntários destinada ao transporte de doentes. Trata-se de algo completamente normal, tirando o facto de que, dessa carrinha, era emitida a música "Rise Up", de Yves Larock.
Toda a gente conhece esta música, e toda a gente sabe que é bem boa para festas e afins. E não é mesmo isso que o pessoal quer quando está doente? Música e boa disposição? Parece-me bem que não.
Pronto, OK, era muito provável que não se encontrasse nenhum doente na carrinha. Contudo, é assim que um bombeiro voluntário vai ou vem de buscar um doente? Em plena pândega? Parodiando como um bebedolas?
Talvez não.
Toda a gente conhece esta música, e toda a gente sabe que é bem boa para festas e afins. E não é mesmo isso que o pessoal quer quando está doente? Música e boa disposição? Parece-me bem que não.
Pronto, OK, era muito provável que não se encontrasse nenhum doente na carrinha. Contudo, é assim que um bombeiro voluntário vai ou vem de buscar um doente? Em plena pândega? Parodiando como um bebedolas?
Talvez não.
terça-feira, 29 de julho de 2008
Este post é bastante significativo
Se há expressão na língua portuguesa que prima pela espectacularidade é, indubitavelmente, "muito significativo" ou "bastante significativo". Bem, assim são duas, mas a ideia é a mesma.
Estas expressões do "significativo" apresentam-se como excelentes expressões às quais podemos recorrer se nos virmos obrigados a preencher enchidos ou se não soubermos mais o que dizer. De facto, estas expressões são de grande utilidade aquando, por exemplo, de uma apresentação Powerpoint. Num evento destes, mandam as regras que se tente impressionar com palavras caras. Pelo menos, calham sempre bem. Então, se nos faltam palavras, se a nossa prelecção está demasiado curta, substituímos um "São muitas pessoas." por um "Trata-se de um número bastante significativo de pessoas.". Faz toda a diferença, não faz? O mesmo se aplica à composição de textos.
E depois há o facto de expressões como estas ajudarem à credibilidade da mensagem que estamos a enviar a quem nos está a ouvir/ler. O conteúdo até pode nem fazer muito sentido, ou não interessar para nada, mas um "bastante significativo" reforça-o, arrancando meneios de cabeça afirmativos a quem assiste. O que não deixa de ser rídiculo.
Mas ATENÇÃO! Esta crítica que aqui faço não significa que não utilize estas expressões! Trata-se, apenas, de uma análise!
Estas expressões do "significativo" apresentam-se como excelentes expressões às quais podemos recorrer se nos virmos obrigados a preencher enchidos ou se não soubermos mais o que dizer. De facto, estas expressões são de grande utilidade aquando, por exemplo, de uma apresentação Powerpoint. Num evento destes, mandam as regras que se tente impressionar com palavras caras. Pelo menos, calham sempre bem. Então, se nos faltam palavras, se a nossa prelecção está demasiado curta, substituímos um "São muitas pessoas." por um "Trata-se de um número bastante significativo de pessoas.". Faz toda a diferença, não faz? O mesmo se aplica à composição de textos.
E depois há o facto de expressões como estas ajudarem à credibilidade da mensagem que estamos a enviar a quem nos está a ouvir/ler. O conteúdo até pode nem fazer muito sentido, ou não interessar para nada, mas um "bastante significativo" reforça-o, arrancando meneios de cabeça afirmativos a quem assiste. O que não deixa de ser rídiculo.
Mas ATENÇÃO! Esta crítica que aqui faço não significa que não utilize estas expressões! Trata-se, apenas, de uma análise!
domingo, 20 de julho de 2008
Estilhaços de imaginação
A falta de imaginação é uma das piores coisas que uma pessoa pode "ter". Efectivamente, sem imaginação não vamos a lado nenhum, pois não nos surgem ideias, não progredimos. É deste mal que tenho sido vítima relativamente a este blog. O entusiasmo dos primeiros tempos já não é o mesmo. Já não sinto a "obrigação" de ter de escrever todos os dias, ou de dois em dois dias.
A referida situação poderá significar que não sou, de facto, uma pessoa imaginativa. Ou talvez não. Talvez os blogs não tenham sido feitos para mim. Mas isso pouco importa para quem os visita. O que importa é o conteúdo. Por isso, aproveito o vazio que tem "preenchido" o meu blog para estabelecer um paralelismo com o nosso país.
Como os portugueses sabem (e sentem), Portugal tem sido um país com grandes dificuldades de arranque. Nomeadamente, um arranque em direcção a um verdadeiro progresso, a um futuro acolhedor. Desta situação a falta de imaginação não deixará de ser um factor. Faltam ideias para fazer o país avançar. Ideias essas que devem surgir dos políticos. Mas faltam também ideias dos próprios portugueses para conseguirem viver melhor.
Dos portugueses se diz que são um povo acinzentado, triste, cabisbaixo. Daí se conclui que lhes faltam razões para sorrir. Mas essas razões devem ser procuradas. É necessário, lá está, dar uso à imaginação. Como? Valorizando as pequenas coisas, percebendo que não somos os piores do mundo, que há pessoas em muito piores condições, enfim... Um exercício difícil, por certo, mas, igualmente, necessário.
Assim, a imaginação pode ser um escudo que nos proteja dos ataques dos problemas, o que não significa que devamos fugir deles. Simplesmente é uma forma de lidarmos melhor com eles, quando não temos hipótese de os resolver.
A referida situação poderá significar que não sou, de facto, uma pessoa imaginativa. Ou talvez não. Talvez os blogs não tenham sido feitos para mim. Mas isso pouco importa para quem os visita. O que importa é o conteúdo. Por isso, aproveito o vazio que tem "preenchido" o meu blog para estabelecer um paralelismo com o nosso país.
Como os portugueses sabem (e sentem), Portugal tem sido um país com grandes dificuldades de arranque. Nomeadamente, um arranque em direcção a um verdadeiro progresso, a um futuro acolhedor. Desta situação a falta de imaginação não deixará de ser um factor. Faltam ideias para fazer o país avançar. Ideias essas que devem surgir dos políticos. Mas faltam também ideias dos próprios portugueses para conseguirem viver melhor.
Dos portugueses se diz que são um povo acinzentado, triste, cabisbaixo. Daí se conclui que lhes faltam razões para sorrir. Mas essas razões devem ser procuradas. É necessário, lá está, dar uso à imaginação. Como? Valorizando as pequenas coisas, percebendo que não somos os piores do mundo, que há pessoas em muito piores condições, enfim... Um exercício difícil, por certo, mas, igualmente, necessário.
Assim, a imaginação pode ser um escudo que nos proteja dos ataques dos problemas, o que não significa que devamos fugir deles. Simplesmente é uma forma de lidarmos melhor com eles, quando não temos hipótese de os resolver.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
"Olhe, desculpe! Posso fazer figura de parvo?"
Anteontem aconteceu-me um dos enganos mais estúpidos que pode acontecer a alguém mas que, certamente, já aconteceu a muita gente.
Ora estava eu na minha bela escola secundária, quando passo por uma moça semelhante a uma amiga minha. Eu não disse nada.
Momentos depois, voltei a encontrá-la, e ela apresentava, de facto, parecenças com a tal minha amiga. Foi então que resolvi abordá-la e, como certamente já percebeste, dei barraca; a moça era uma moça qualquer que, ainda por cima, não perdoou o meu engano, fazendo uma cara de "Tipo: o quê?". Eu lá pedi desculpa, e tal.
Enfim. É certo que pode acontecer a toda a gente, mas não deixa de ser uma situação embaraçosa. Ainda por cima essa minha amiga já nem frequenta aquela escola. Mas sei lá... Podia estar lá por uma razão qualquer...
Mas pronto, não foi nada de grave.
Ora estava eu na minha bela escola secundária, quando passo por uma moça semelhante a uma amiga minha. Eu não disse nada.
Momentos depois, voltei a encontrá-la, e ela apresentava, de facto, parecenças com a tal minha amiga. Foi então que resolvi abordá-la e, como certamente já percebeste, dei barraca; a moça era uma moça qualquer que, ainda por cima, não perdoou o meu engano, fazendo uma cara de "Tipo: o quê?". Eu lá pedi desculpa, e tal.
Enfim. É certo que pode acontecer a toda a gente, mas não deixa de ser uma situação embaraçosa. Ainda por cima essa minha amiga já nem frequenta aquela escola. Mas sei lá... Podia estar lá por uma razão qualquer...
Mas pronto, não foi nada de grave.
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