sexta-feira, 17 de agosto de 2007

O abandono de animais de estimação em época de solarengos dias



Este post é sobre o velho problema do abandono dos animais durante as férias de Verão. Infelizmente, ainda há muita gente neste país que pensa que não consegue conciliar as suas férias com a manutenção dos seus animais de estimação, ou que simplesmente não gosta deles e que, assim, os abandonam à sua sorte, a qual, obviamente, se traduz no vaguear pelas ruas e pela alimentação à base de lixo. Esta situação é muito triste e continua a arrastar-se ano após ano.
Para combater esta situação já foram criados hotéis para animais de estimação (pelo menos para cães), o que, assim, ajuda a condenar ainda mais as pessoas que abandonam os seus animais, se razões para isso não existissem já. Nesses hotéis, os animais são tratados como reis e a sua qualidade de vida chega, por certo, a melhorar em relação à que tinham sob a guarda dos seus donos. Ainda assim, muitas pessoas decidem nem sequer procurar esses hotéis ou, então, acham que não vale a pena gastar dinheiro com uma coisa dessas.
É uma problemática extremamente lamentável e que dá que pensar sobre a natureza humana.

Limpeza

Muito pozinho este blog tem ganho devido à falta de posts...

Nada que uma vassoura não resolva.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O regresso

É verdade. Aqui estou eu de volta, após uma longa ausência de postagem.
Confiram as respostas aos vossos comentários. Respondi a todos (pelos menos àqueles nos quais reparei lol).
Agora só falta inventar um post que dignifique o meu regresso.

domingo, 22 de julho de 2007

A hipocrisia dos eventos ambientais

Recentemente, ocorreu mais um evento com o objectivo de sensibilizar a população mundial relativamente à questão ambiental. Esse evento, como sabem, foi o Live Earth. O objectivo do mesmo foi o de utilizar a música como meio da referida sensibilização. Até aqui tudo bem, e estou completamente de acordo. No entanto, temos de ver o outro lado. O lado hipócrita, desnecessário.
Matt Helders, baterista dos Arctic Monkeys, afirmou que seria hipócrita da parte da sua banda se esta participasse no Live Earth, afirmando que "estamos a usar energia suficiente para fornecer dez casas, apenas para iluminação", numa referência aos gastos energéticos de um evento que visa a consciencialização global no que diz respeito ao estado ambiental do planeta. Nick O'Malley, baixista da banda, reforçou a ideia do seu colega, afirmando que estão sempre a viajar de avião. A posição tomada por esta banda dá que pensar. Não terão eles razão? Parece-me que sim.
Entendo a nobre causa do Live Earth e de outros eventos de consciencialização relativamente aos problemas ambientais, mas questiono-me quanto aos meios utilizados para alcançar o fim desejado. Para poupar energia temos de a gastar em grandes quantidades? Por favor, muitas são já as campanhas ambientais, e muito menos dispendiosas: anúncios de TV, folhetos, apelos de artistas musicais... Penso que a verdadeira solução deste problema está nos senhores do mundo. Enquanto cavalheiros como o presidente dos EUA, George Bush, não aceitarem reduzir a emissão de gases de efeito de estufa, o ambiente do nosso planeta, certamente, não melhorará. É pena que, neste mundo, o poder esteja concentrado nos seres humanos que apresentam as piores qualidades desta espécie: a ganância, a arrogância, o capricho, a cobiça. Aqueles que se importam com o mundo em que habitam vivem cheios de boas intenções mas sem meios para mudar o que quer que seja, pois, no fim, as suas acções são anuladas por quem apenas olha para o seu próprio umbigo.
É por isto que o mundo se encontra estagnado e prestes a cair num abismo do qual talvez nunca consiga sair.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

A morte como vida

Infelizmente, muita gente serve-se da morte para viver a sua vida.
Comecemos pelo caso mais simples: o do coveiro.
A vida do coveiro consiste em abrir as sepulturas do pessoal que bateu as botas. Tudo bem, é uma profissão como as outras. Alguém tem de fazer isto.
Agora vamos subir um pouco na hierarquia. Encontramos os agentes funerários. Estes senhores encarregam-se de todas as coisinhas que fazem o enterro de um ser humano. Outra profissão honrada e respeitável.
E que tal se subirmos ainda mais na hierarquia, para profissões, contraditoriamente, não muito respeitáveis?
Bem, aí encontramos um presidente dos EUA, George Bush, que utiliza a morte como fonte da sua vida de uma forma ligeiramente diferente da dos profissionais que acima referi. Todo-poderoso, Bush detém o poder sobre a vida e a morte. Veja-se a situação do Iraque: milhares de mortos às custas da política belicista do presidente norte-americano. Esta política de extermínio dos adversários iraquianos implica, igualmente, o sacrifício de vários cidadãos norte-americanos. No fim, o que resta são números, estatísticas. Nada de mais. "Sr. Presidente, morreram 9 000 soldados nossos na operação da noite de ontem. "Ai sim? Então que sejam 900." Impressionante como a morte pode ser reduzida em número, até arredondada, se for preciso.
Depois, há ainda aqueles que matam aos poucos, e é essa forma peculiar de matar que lhes dá rendimento. Um exemplo: o primeiro-ministro português, José Sócrates.
Sócrates faz do sofrimento do português a sua vida, com as suas políticas devastadoras da saúde física, mental e financeira do povo lusitano. Extorquindo dinheiro à população com as suas medidas rigorosas, alegadamente necessárias para uma evolução positiva (o chamado "apertar o cinto"), Sócrates vai retirando a vida ao Zé Povinho, que, por sua vez, continua a trabalhar, desmotivado e descrente em quem o governa.
Enquanto houver gente que mata para viver, o mundo não melhorará.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

O Aglomerado de Casas Decrépitas da Ribeira de Santarém



Confesso que fiquei surpreendido com o facto de o Aglomerado de Casas Decrépitas da Ribeira de Santarém não ter ficado, sequer, entre os candidatos a maravilhas de Portugal. É este tipo de situações que me deixa perplexo com o mundo em que vivo.
Como é que é possível deixar de fora de um evento como o das 7 maravilhas do mundo um conjunto de moradias que há muito passaram de validade e que contribuem para a desolação que é Santarém? Para além de uma óbvia pérola da cidade, o Aglomerado apresenta-se como um autêntico emblema do país, injustamente escondido na penumbra. Todo o atraso e miséria de Portugal simbolizados numa pequena área.
Sem destaque no seu próprio país, com certeza que este tesouro nunca poderia obter o prestígio internacional que tanto merece. Depois temos de apanhar com Corcovados que, supostamente, dão as boas-vindas a quem chega ao Rio de Janeiro. Mas e se eu não for cristão? E se eu for um terrorista muçulmano que não vai à bola com Jesus e me apetecer espetar uma bomba naquilo? Lá se vão as boas-vindas e uma tentativa de subversão às gentes do mundo.
O humilde Aglomerado de Casas Decrépitas da Ribeira de Santarém não olha a religiões. Para lá habitar, basta ser-se detentor de um grau aceitável de pobreza e recordar a juventude com saudade. Somente isto.
As principais vantagens de lá viver são a possibilidade de jogar futebol num fantástico campo pelado (o qual apresenta uma só baliza) e de saber tudo sobre a vida dos outros, tal é a proximidade entre as residências. O mais complicado é arranjar gente jovem para praticar o referido desporto e encontrar vidas interessantes, mas a vida é isto; há sempre objectivos a perseguir.
Para terminar, realizem o seguinte exercício comigo. Imaginem um centro comercial no meio daquilo. Imaginem as idosas a invadirem as lojas para comprarem meias brancas com raquetes para os seus netinhos que estão “lá para Lisboa, os petizes”. Imaginem o piso de restauração: “fast-soup”, a “Loja das Couves”, etc. Imaginem o cinema, somente com filmes dos anos 60. Tão divertido que seria este ponto de consumismo…!
Aposto que a população da Ribeira de Santarém ficaria muito feliz se soubesse da propaganda que aqui faço à sua área de residência. Dei o meu melhor.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Michael Jackson: licença para vomitar


Senti necessidade de tornar este blog um pouco mais chocante.

Consegui?