Se há expressão na língua portuguesa que prima pela espectacularidade é, indubitavelmente, "muito significativo" ou "bastante significativo". Bem, assim são duas, mas a ideia é a mesma.
Estas expressões do "significativo" apresentam-se como excelentes expressões às quais podemos recorrer se nos virmos obrigados a preencher enchidos ou se não soubermos mais o que dizer. De facto, estas expressões são de grande utilidade aquando, por exemplo, de uma apresentação Powerpoint. Num evento destes, mandam as regras que se tente impressionar com palavras caras. Pelo menos, calham sempre bem. Então, se nos faltam palavras, se a nossa prelecção está demasiado curta, substituímos um "São muitas pessoas." por um "Trata-se de um número bastante significativo de pessoas.". Faz toda a diferença, não faz? O mesmo se aplica à composição de textos.
E depois há o facto de expressões como estas ajudarem à credibilidade da mensagem que estamos a enviar a quem nos está a ouvir/ler. O conteúdo até pode nem fazer muito sentido, ou não interessar para nada, mas um "bastante significativo" reforça-o, arrancando meneios de cabeça afirmativos a quem assiste. O que não deixa de ser rídiculo.
Mas ATENÇÃO! Esta crítica que aqui faço não significa que não utilize estas expressões! Trata-se, apenas, de uma análise!
terça-feira, 29 de julho de 2008
domingo, 20 de julho de 2008
Estilhaços de imaginação
A falta de imaginação é uma das piores coisas que uma pessoa pode "ter". Efectivamente, sem imaginação não vamos a lado nenhum, pois não nos surgem ideias, não progredimos. É deste mal que tenho sido vítima relativamente a este blog. O entusiasmo dos primeiros tempos já não é o mesmo. Já não sinto a "obrigação" de ter de escrever todos os dias, ou de dois em dois dias.
A referida situação poderá significar que não sou, de facto, uma pessoa imaginativa. Ou talvez não. Talvez os blogs não tenham sido feitos para mim. Mas isso pouco importa para quem os visita. O que importa é o conteúdo. Por isso, aproveito o vazio que tem "preenchido" o meu blog para estabelecer um paralelismo com o nosso país.
Como os portugueses sabem (e sentem), Portugal tem sido um país com grandes dificuldades de arranque. Nomeadamente, um arranque em direcção a um verdadeiro progresso, a um futuro acolhedor. Desta situação a falta de imaginação não deixará de ser um factor. Faltam ideias para fazer o país avançar. Ideias essas que devem surgir dos políticos. Mas faltam também ideias dos próprios portugueses para conseguirem viver melhor.
Dos portugueses se diz que são um povo acinzentado, triste, cabisbaixo. Daí se conclui que lhes faltam razões para sorrir. Mas essas razões devem ser procuradas. É necessário, lá está, dar uso à imaginação. Como? Valorizando as pequenas coisas, percebendo que não somos os piores do mundo, que há pessoas em muito piores condições, enfim... Um exercício difícil, por certo, mas, igualmente, necessário.
Assim, a imaginação pode ser um escudo que nos proteja dos ataques dos problemas, o que não significa que devamos fugir deles. Simplesmente é uma forma de lidarmos melhor com eles, quando não temos hipótese de os resolver.
A referida situação poderá significar que não sou, de facto, uma pessoa imaginativa. Ou talvez não. Talvez os blogs não tenham sido feitos para mim. Mas isso pouco importa para quem os visita. O que importa é o conteúdo. Por isso, aproveito o vazio que tem "preenchido" o meu blog para estabelecer um paralelismo com o nosso país.
Como os portugueses sabem (e sentem), Portugal tem sido um país com grandes dificuldades de arranque. Nomeadamente, um arranque em direcção a um verdadeiro progresso, a um futuro acolhedor. Desta situação a falta de imaginação não deixará de ser um factor. Faltam ideias para fazer o país avançar. Ideias essas que devem surgir dos políticos. Mas faltam também ideias dos próprios portugueses para conseguirem viver melhor.
Dos portugueses se diz que são um povo acinzentado, triste, cabisbaixo. Daí se conclui que lhes faltam razões para sorrir. Mas essas razões devem ser procuradas. É necessário, lá está, dar uso à imaginação. Como? Valorizando as pequenas coisas, percebendo que não somos os piores do mundo, que há pessoas em muito piores condições, enfim... Um exercício difícil, por certo, mas, igualmente, necessário.
Assim, a imaginação pode ser um escudo que nos proteja dos ataques dos problemas, o que não significa que devamos fugir deles. Simplesmente é uma forma de lidarmos melhor com eles, quando não temos hipótese de os resolver.
Subscrever:
Mensagens (Atom)